Nossa,que legal quando leio comentários!Obrigada a minhas visitantes e,quando aprender,eu responde aos comentários - só descobri aonde lê-los,hahahah!
Bem,fazer expurgo na estante não é fácil,mas aprendi e tenho praticado deixando o que sei que lerei mais vezes,os referencias,dicionários,etc.Um dos que não vai perder seu lugar é o que tentarei descrever:
Um dos livros muito legais que conheço é "A tenda vermelha",de uma daquelas scholars americanas - que ganham bolsa e patrocínio para pesquisar e escrever.O livro fala das mulheres da tribo de Jacó,um dos patriarcas bíblicos;que depois de brigar com o irmão e fugir se encontra com uma moça,Raquel, se apaixona,mas tem que trabalhar para o pai dela,Labão, antes de casar,só que quem casa com ele,primeiro,é a irmã mais velha dela,Lia(tinham que desencalhar na ordem de primogenitura), e depois de etc,etc,etc,finalmente eles se juntam;mas a tribo toda no final são ele,quatro mulheres e doze filhos - dos quais um é José que os irmãos vão vender como escravo e vai para no Egito,uma filha{a personagem principal do livro,Dinah} - sem contar servos,servas e os filhos deles e nem o rebanho ,a fortuna deles todos.Quem como eu passou infânciadolescência na antiga Sessão da Tarde viu n versões sobre eles.
Antes da formação do judaísmo,quando num meio pagão onde as mulheres cultuam os deuses da terra,da fertilidade,da água,etc;e os outros homens de outras tibos que não os descendentes de Isaac (pai de Jacó, que já propaga o deus único)têm os seus outros deuses também.O foco do livro não é à priori religião e sim as mulheres e seu cotidiano que é separado do dos homens.Eles pastoreiam,comem,bebem e mandam,segundo seu grau de poder dentro das tribos;fazem as refeições separados delas,que os servem e só comem depois disso.Elas plantam,colhem,fazem comida,bebida(cerveja ),fiam e tecem a lã das ovelhas do rebanho e,o principal,são as transmissoras de cultura oral,que vai de geração a geração - entre as mulheres,porque os homens têm as suas,quando estão no campo,que não chegam até elas.Essa cultura pagã não privilegia virgindade e tem na tenda vermelha,para onde as mulheres vão juntas na mudança para a lua nova quando menstruam,o seu local para ficar por três dias, longe do trabalho e dos homens(enquanto elas estão lá quem trabalha são as servas do lado de fora).Os alimentos levados para a tenda são melhores que os do cotidiano e durante o "retiro" elas vão montando suas histórias,seus cantos,a história das famílias e dos povos de que fazem parte.
O desenrolar do livro é muito bonito e duro,mostrando o que acontece com elas e as mudanças quando em contato com outros povos e culturas - criticando o que chamam de humilhação a que as outras mulheres vão se submetendo e outras cositas mas,pero, o que achei mais legal é que pela primeira vez li algo sobre o cotidiano na antiguidade que não faz referência a gregos e/ou romanos e,além disso,aponta a vida das mulheres.O lance da tenda é incrível,porque viviam num "acampamento" e se agrupam nos núcleos familiares dentro da tribo(sociedades como ainda existem no Oriente Médio e na Ásia Central) e,além da tenda do patriarca ,a vermelha ,é um "universo feminino" muito bem descrito.
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