Um sem o outro não dá,se ajeita.Estou na melhor fase em relação a isso.Sempre me virei sozinha depois que comecei a trabalhar,exatos 26 anos,mas no início era a restrição das restrições mesmo me colocando nela:com meus primeiros pagamentos comprei cama com baús pra arrumar minhas coisas e livros ,e a partir deles minha mãe jamais soube o que era me pagar qualquer coisa que fosse que não o que comia em casa(quase nada);depois,mercado,passes de ônibus,pagava o aluguel,quando estava em Pinheiros e....só!Um livrinho ou outro ,um vinil ou outro e assim foi durante esta época e a do CRUSP.Quando tive que voltar para minha mãe(sete longos anos!) comecei a me dar minha filmoteca,a me vestir melhor.Depois foi a acomodação no limite,pior,porque daí era ficar sem margem para qualquer outra coisa e às vezes já tendo gasto o salário quando caía.Descobrindo mais coisas,diferentes.Acho que todo mundo passa por isso,estabelecendo o que quer,gosta,precisa,pra sentir-se bem.Mas daí,o ap. de Guaianazes(quitei em 10 anos)e realmente aprender a se virar com grana.Tudo no meu ap,tudo,eu me comprei.”Menina de família que não casa” não ganha nada,nada.A maioria das pessoas que conheço tem casa porque casou e a família “deu”;além dos que herdam,ganham terreno e quetais.Fora quem se faz de “coitadinho” e todo mundo tem dó e ajuda.Comigo não.Tirando a ajuda de meus avós e do meu tio caçula na infância não devo nada pra ninguém.
Não faço orçamento,grandes cálculos,é a lista do que tenho que pagar,um pouquinho pra guardar e o resto,o que for preciso.Se tivesse “vida social” como chamam ,ou marido,filhos,etc,talvez estivesse apertada.Mas como vivo “simplesmente” – nos meus padrões,dá,na boa.Assim é possível ser e estar e eu agradeço muito.Em volta vejo que a maioria,por diferentes motivos,não consegue.Pelo menos esta etapa,superei.
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