quinta-feira, 27 de julho de 2017

Pra falar de biblioteca tenho que falar da minha


Esta semana estão falando muito de bibliotecas,usando a #abibliotecadaminhacidade,pra falar daquelas que frequentam.
Mas não ,não frequento bibliotecas públicas.Tenho o "meu canto no sofá" pra ler e não tem como ler em outro lugar - a poltrona que fica exatamente no "quarto dos livros" está em desuso.Fora meu acervo pessoal que é grande.
Comecei a ter estantes na época da faculdade(idos dos anos 80) e desde então o acervo foi mudando dependendo dos gostos das épocas.Já foi pau a pau ficção/não ficção(sou formada em História e sim,sempre fui uma "compradora" de livros - não tenho filhos,sou sozinha,gasto meu dinheiro do meu jeito),hoje em dia é 3/5 ficção.Tenho alguns livros que resistiram aos expurgos que de tempos em tempos eu fiz para ter mais espaço(há cada vez que mudei de casa foi um) e este ano(culpa das promoções da Amazon e dos Booktubers - sim sou influenciável) meu acervo tem uma parte novinha em folha de não lidos.Muita coisa diferente do meu habitual.
Digo e repito:é muito livro pra pouca vida,tem muitos e muitos autores para conhecer e por mais que tenha lido de tudo,garanto que tem algum gênero que ainda não me pegou.Fora as releituras que acontecem ,ultimamente para ler no original - conhecer um livro em sua língua natal é demais,mesmo já "conhecendo o enredo" é sempre uma outra história - e eu tenho aproveitado meu francês para isso.Não vejo a hora de conseguir ler em inglês,já comecei com pequenos textos,quero alcançar mais este patamar de leitura.Daí,quantos mais eu vou querer?!?!
Onde vou colocar tanto livro?!?!?

A gente tem que ter espaço!Eu estou "na última prateleira"


Tem só  um espacinho no alto de uma das estantes e um "buraco" ainda vazio em uma das  prateleiras - isto se eu conseguir continuar a não fazer "fila dupla" em cada uma delas.


E os e-books(quando consigo grátis ou por precinho camarada)também se acumulam no Kindle!!!


Minha casa não tem luxos,nem móveis novos,tudo já é "vintage",mas minha biblioteca é incrível e eu não canso de olhar pra ela,pegar nos livros,rearranjar.

Sei que é "luxo" prum país que nem saneamento básico garante para a maioria da população,mas por mim,cada casa teria a sua.

sábado, 22 de julho de 2017

Les Liaisons Dangereuses - Choderlos de Laclos


Um verdadeiro romance em correspondências,delicioso de ler desde o início e olha que eu já tinha lido traduzido(há eras atrás) e visto o filme(com a Glenn Close e o John Malkovickh) mil vezes.É uma nova visão desta história,uma leitura muito fluída e gostosa.E melhor ainda ,o e-book estava de graça na Amazon,não tinha como não aproveitar!Tem vários em "domaine public" na aba e-books em francês é só procurar.
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quarta-feira, 12 de julho de 2017

Vida e Destino,já estou com saudades

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Terminei ontem a leitura deste livro e confesso que já estou com saudades dos personagens,fiquei com um gostinho de quero mais.
Tendo a Batalha de Stalingrado(Segunda Guerra Mundial) como pano de fundo,acompanhamos (com alguma dificuldade no começo,devido aos nomes russos não serem fáceis ,depois a gente se acostuma) a vida de alguns grupos de pessoas:principalmente a família de Chtrum,sua esposa e filha,suas cunhadas e cunhados,enteado,sobrinhos,mãe e sogra( reconhecia as personagens conforme apareciam e pelas situações)que passam pelos perrengues da guerra contra o nazismo vivendo durante o stalinismo na antiga União Soviética.
A luta é contra os nazistas,acontece numa sociedade autoritária e controladora - todo mundo tem algum problema com as "autoridades" e os grupos agem conforme são afetados por elas.Comida,trabalho,moradia,agasalho,aquecimento,tudo depende do Estado(o "grande irmão" está em todos os lugares) e de como os "cidadãos" estão localizados nesta sociedade "igualitária"(só que não).
Há ainda os militares,os presos em campo de concentração nazista e também os presos políticos num campo de trabalhos forçados soviético.Cada grupo com vários "tipos",diversos e com motivações variadas
Há o  "problema judeu" que os soviéticos também tinham,tanto quanto os nazistas.Há os soldados alemães,mostrados de maneira mais intimista,sem estereótipos - tanta quanto os soviéticos.Há o problema da ocupação de territórios  e da expulsão de populações - o convívio difícil com o diferente,o não igual.As dificuldades do dia a dia na guerra.

São inúmeras situações,colocadas com alguns intervalos entre elas - acompanhamos o que acontece e às vezes os personagens ficam um tempo sem aparecer ,a luta para se manter num sociedade policialesca ,os embates pessoais,os amores possíveis(sem "romance"),o enfrentamento da morte,as dificuldades da miséria,a esperança ou falta dela.
O caráter humano sobressai,ninguém é herói ou vilão completamente, tudo depende do que acontece e das reações provocadas.E acompanhamos todos e dá vontade de "ajudar",de estar junto,fazer parte.

Não é o livro da minha vida,mas gostei muito - eu adoro histórias com recorte temporal e esta mostrando um episódio da Segunda Guerra(apesar de eu já ter assistido a n filmes" Stalingrado")é muito rica,humana e "moderna" -  é literatura engajada politicamente, é uma "denuncia" do modo de vida daquela população de 70 anos atrás,um período não tão longíqüo assim,mas já distante da realidade atual.E a vida mostrada é verossímil,parecem verdadeiros os personagens ,não são rasos.E suas histórias tocam o humano que há em cada um de nós.