sexta-feira, 31 de março de 2017

Grupos de Leitores&Booktubers

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Confesso que não tenho a mínima vontade de fazer grupo de leitura presencial,tenho meus hábitos literários e entre eles se encontra estar no meu sofá meio espalhada,meio esticada e ir mudando estas posições.Me sentar em roda ou círculo vai me lembrar demais as rodas de leitura que fazia com alunos(fora as reuniões pedagorréicas) e não,isso pra mim já deu o que tinha que dar.Fazer discussões sobre as leituras?!?!Gosto de ler e falar um pouco sobre o que leio,agora,discussões "profundas" e "a sério",no thanks,minha cabeça da tilt,rsss.Mas tem muita gente que vai e gosta e os Leia Mulheres de várias cidades pelo país  são  citados com muitos elogios ,mas acho segmentado demais(ler só mulheres?!?Isso não restringe demais?).
Daí tem os grupos de "leitores" no Facebook:o Skoob, o que você anda lendo?,Papo de Leitor,Indique um Livro &Citações e mais alguns,com a predominância de jovens e seus "costumes".Confesso que acompanho só para "medir" o que acontece no "mundo normal",porque sei que sou uma leitora meio específica e que não tenho atração pelo que é de mídia e faz sucesso."Modinha" não me pega,mas acho interessante que ao menos estejam lendo,torcendo para que estendam estas leituras para além dos nichos jovem adulto(YA) e quetais.Fico meia  a "tia",no meio da molecada e me divirto com suas "coleções" - sim,não falam em ter biblioteca,mas muitos livros de só alguns autores "queridinhos".
O Livrada! existe por causa do canal do mesmo nome e é provocador,nada de condescendência com nossos maus hábitos de leitura,eles são "diferenciados",mais cult e sim,um pouco chatos e alguns até meio esnobes - fauna literária existe,este é só um dos segmentos.
Como os grupos que se formam no Whatsapp(ou será Whatzap?) e que também não me atrairam - é pra quem segura o celular o dia inteiro e o meu ou está em cima de alguma mesa ou dentro da bolsa.

Mas o que gosto mesmo são os Booktubers(youtubers sobre literatura),tenho acompanhado vários canais e sim,mais diversidade e muitas preferências,misturando leituras mais clássicas com os contemporâneos e sim,ampliando meus horizontes,mesmo que meu gosto não acompanhe tudo.tem os mais analíticos,os mais emocionais,um que está sempre "curioso" com tudo  e depois não sabe explicar bem a leitura e por aí vai.E sim,tem os Booktubers "para jovens" também e de jovens que tem gosto mais "formal" também,tem de tudo.E é muito bom escutar gente que se empolga com leitura,eu sou dessas.
É uma forma de obter informação sem precisar de jornais ou revistas específicas,que também são muito "nicho" e eu quero distância de intelectualidade pro forma,quero saber das novidades ,das edições mais recentes,da análise de livros que eu ainda quero ler  e ainda não deu, e eles dão muita informação deste tipo.

Aumenta um pouco a compulsão por comprar livros?!?!Sim,tem que dar uma controlada porque,por exemplo a Amazon - que é "parceira" de muitos canais -  faz promoções constantemente,mas além de não dar pra comprar tudo,haja tempo pra ler tudo e espaço para colocar os livros!Mas as ofertas são tentadoras.

Mas pra quem gosta de livros,tem um mundo ao alcance da mão e mesmo eu aqui,sozinha,consigo certa socialização em torno deles.

quarta-feira, 29 de março de 2017

Enfrentando o "livrão" : Les Misérables

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Livrão por vários motivos:tem 982 pág(nesta edição),apesar do tamanho poche(pocket) e é só a primeira parte! E é um dos clássicos dos clássicos - que eu só conhecia pelo cinema ( duas versões com o Liam Neeson e com o Hugh Jackman fazendo o Jean Valjean - não conheço essa da capa,com o Depardieu ,justo a francesa).E sim,apesar de "já saber a história" tem que ler pra pegar tudo e em francês porque,ora bolas,já está na hora de pegar os calhamaços e dar conta deles,este livro me "espera" na estante há doze anos!Passou da hora.
Não sei se vou dar conta tudo de uma vez,aos poucos acho que apreciarei melhor - talvez dê pra casar com outras leituras para enfrentar os tempos mortos do livro,tudo "demora" um pouco,os personagens são incluídos um a um - a divisão do livro é uma parte para cada um,mesmo que se entrelacem em meio a elas .Depois,conforme for progredindo eu volto e conto como vai indo a experiência.

E tem um grupo no Facebbok: #LENDOOSMISERÁVEIS2017 - eles começaram no carnaval,eu há uns dias.

PS:e como comprei separado a segunda parte não é da mesma edição que a primeira, quero ver  combinar as edições!!!Só comigo acontece dessas coisas!

segunda-feira, 27 de março de 2017

Letra e Música:Ruy Castro

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Oops,arrumando as estantes estes livrinhos me "pularam" nas mãos,e não quis deixar a leitura pra depois.A edição é bonitinha,os textos(antes publicados em jornal) estão separados em dois voluminhos que vem numa capinha plástica vermelha.
Delícia que é ler Ruy Castro,o homem é  "A" memória para tudo de música do séc XX,a gente vê passar tudo ,os personagens,os causos,e como ele escreve quase que se tivesse presenciado tudo.Eu sou fã confessa dele e tenho alguns dos seus livros,é uma cultura impressionante .
O único senão destes, apesar de ser da CosacNaify, é que os tipos são minúsculos e escritos em azul num livro,em vermelho no outro,cansam a vista fácil,mas foi uma leitura zás-trás,super rápida.E sempre deixa uma "saudade" de tempos não vividos.

PS:o volume 1 é sobre música
      o volume 2 é sobre literatura e jornalismo

sexta-feira, 24 de março de 2017

Rashômon e outros contos




Por causa do Desafio Livrada! cismei em ler algumas das categorias sugeridas e dentre elas estava a de autor(a) japonês(a) que eu nunca tinha  lido(apesar de ter o Musashi me esperando há tempos na estante), daí fui procurar os livros e, sem informação nenhuma sobre -  fora o título por causa do filme do Kurosawa - escolhi este por ser de contos,achei que seria uma leitura rápida,leve.
Quem dera!
O autor,Akutagawa suicidou-se aos 35 anos em 1927!E nos contos deste livro o que existe são exatamente as coisas que o atormentavam:religião(ele era cristão),a arte de escrever(ele era formado em literatura ocidental e bastante influenciado por ela),loucura (tinha casos na família ,inclusive sua mãe) e morte.Os dois primeiros contos ainda são leves,apesar do tema(morte),daí em diante a coisa vai pesando e se arrastando e pra chegar ao final,ufa!E o último conto é uma despedida,uma carta "prevendo" o suicídio,tétrico.
Fora a cacofonia dos nomes ,uma coisa que para mim atrapalhou bastante - nomes em línguas ocidentais são mais comuns e até os russos eu encaro melhor.
Bem,foi uma experiência e não ,não me atraiu para literatura japonesa ou para qualquer outra - não foi uma leitura "densa",foi pesada e chata mesmo.




quarta-feira, 22 de março de 2017

E então....





Ainda com os contos de Tolstói e me deparando ou com erros de revisão(contos repetidos) ou com problemas mesmo da edição,é um e-book enorme e não sei qual o critério para a seleção além do Tous(todos) do título - os famosos do senhor e do servo.a morte de Ivan Ilitch e os sobre religião já passaram e quando estava melhorando no aspecto literário,bum,a repetição de um conto longo que já apareceu nos começos do livro e outros com temática parecida a algum que estava antes - ruim não saber da edição,kindle tem disso.Devagar,mas caminhando nesta leitura pra não demorar demais para acabar(lembrando que comecei em janeiro,mas não quero que se arraste por muito tempo).

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Também já li A Ilha do Tesouro e as Aventuras do Hucleberry Fynn do meu box de Aventura da L&PM.São as versões integrais em traduções mais recentes e não as adaptações infantis que li num passado remoto,a edição é simples,só ruim os tipos muito pequenos e o texto "espremido" na página dos pocket books.



Ao mesmo tempo que quero desatrasar os clássicos,quero também continuar com os romances históricos e com os livros de escritores mais recentes,mas não dá tempo pra tudo!!!E quero enfrentar os "livrões",os calhamaços que também estão à espera.

segunda-feira, 20 de março de 2017

O santo sujo - a vida de Jayme Ovalle (Biografia)

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Pra "limpar o dial" eu gosto de umas não ficções entre as "literaturas" e escolhi esta biografia(adquirida num dos bota-fora CosacNaify que a Amazon fez no começo do ano) que estava numa listinha antiga de livros para ler.
É uma edição bonita,de capa dura,papel beginho,recheada de fotos.Pesada para quem está segurando o kindle mais que livros,ultimamente.


Mas:quem foi Jayme Ovalle?Era um dos da turma do Manuel Bandeira,Vinicius de Morais,Gilberto Freyre entre outros, no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX .Artista que como muitos deles veio de outros estados, foi funcionário público para se manter enquanto a arte rolava em paralelo.Mas,o que ficou da produção dele?Muito pouco,algumas músicas.Mas,qual o interesse,então?Bem,é pela pessoa e pelas interações que criou,um "amigo" de muitos e influenciador ,sendo que ,além dos já citados,Carlos Drummond de Andrade,Otto Lara Resende,Fernando Sabino e Mário de Andrade fizeram parte dos seus círculos de atividade,que incluía além dos escritores,o mundo da música(foi contemporâneo de Pixinguinha) onde o samba aparecia e as "expressões brasileiras se faziam valer;fora as relações de parentesco que vão se estabelecendo (até a Isabel do vôlei é citada com descendente de um dos "caras" da turma).

O mais gostoso do livro,a meu ver,foi a forma que o autor,Humberto Werneck,juntou as memórias para estabelecer a biografia.Jayme Ovalle aparece na fala de conhecidos e é personagem da correspondência entre eles.O papel dessa correspondência é vital para a manutenção dessas memórias e Manuel Bandeira aparece como parte primordial para que o trabalho de Jayme Ovalle tenha alguma relevância,por ter sido além de amigo,parceiro em composições e incentivador do talento não muito desenvolvido do camarada.Em suas cartas a Mário de Andrade e no que aparece em várias delas o personagem Ovalle fica bem caracterizado:inteligente apesar da pouca instrução,boêmio,funcionário público exemplar e com idéias meio mirabolantes com a "classificação" que criou para a humanidade em cinco categorias(Gnomonia) ,fora um misticismo católico permeando tudo.Aparece também em crônicas e poemas de vários dos "irmãozinhos" .

Dele diz o poetinha :"Jayme Ovalle é inclassificável.Tudo que pretendia defini-lo numa classificação sumária,fica aquém da realidade complexíssima que tem,no registro civil,o nome de Jayme Ovalle.Pode-se dizer que é músico,que é poeta,que é católico,que é amigo.É isso com efeito,e é muito mais".

E contam-se casos e casos de Ovalle e os amigos, uma  escrita em torno de um personagem,que vitaliza e humaniza a todos.Vão se mostrando  e também à  História do país que  aparece como pano de fundo.E é engraçado ler as notícias pelas cartas e perceber o humor ou o temperamento dos nossos grandes escritores por fora de sua obra.As cartas aqui aparecem como sua "rede social".Uma certa intimidade fica exposta mas de uma maneira agradável.

Texto bom para conhecer os autores além da obra e sentir um pouco da atmosfera do que então era a capital do país.E sim,todos estes nomes(que eu não sei se têm significado para quem é do séc XXI) foram jovens e sim,as circunstâncias da vida (casamentos,parentela,desentendimentos) por mais mesquinhos que sejam,acontecem pra todo mundo.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Primeiras e nada boas impressões:João Anzanello Carrascoza e Marco Lucchesi







Fiquei curiosa sobre este autor,João Anzanello Carrascoza,por ter visto vários comentários positivos sobre um seu livro chamado Cadernos de um ausente e outro Aos 7 e aos 40,mas como o primeiro está esgotado e o segundo não me atraiu deixei passar,daí,fuçando nas ofertas de e-books na Amazon,me deparei com este texto - não é um livro,apenas um continho de poucas páginas - e resolvi dar uma chance.Bem,é uma amostra mínima e com duas frases bonitas sobre amor/relacionamento.A depender desta leitura,o autor vai continuar "inédito" pra mim,não me conquistou.










Já este,o livro como objeto é ótimo,capa quase dura,papel pólen,uma delícia....não fosse o texto.Sério,comprei achando que era ou uma biografia ficcional ou algo mais para romance histórico e não é nada disso.São digressões a respeito do bibliotecário de D.Pedro II,costuradas por algumas "cartas" e com ex-libres impressos como curiosidades  (substantivo masculino de dois números
vinheta desenhada ou gravada que os bibliófilos colam ger. na contracapa de um livro, da qual consta o nome deles ou a sua divisa, e que serve para indicar posse)
.O "romance" escrito na capa é enganador,a não ser que se tenha algo como um noveau roman à francesa da década de 50 como foco.E mais uma vez uma autor "incensado",da Academia Brasileira de Letras e .....por este texto,péssimo autor.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Pra menininha que assistiu estas aventuras na sessão da tarde





São quatro livros da LP&M,formato pocket,mas são edições mais novas de textos que já li em adaptações diversas quando era criança e que assisti aos filmes antigos que passavam sempre na televisão.Gosto demais destas histórias e serão os textos que vou intercalar(junto com os  outros que já falei antes)entre outras leituras mais "adultas";

. A Ilha do Tesouro
.As aventuras de Huckleberry Fynn
.Viagem ao centro da Terra
.As aventuras de Simbad ,o Marujo


Histórias eternas e que me trazem boas lembranças.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Meu primeiro Guimarães Rosa:Manuelzão e Miguilim

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Tenho uma edição do Grande Sertão Veredas me esperando há anos na estante,e nunca que eu me animo a ler.E não queria comprar o box com todas as histórias do Corpo de Baile que está sendo vendido atualmente,daí vi que o e-book estava num preço bom e ...vamos ler Guimarães.
Tinha receio da linguagem,tão decantada e tanto elogiada,mas depois  do Luiz Fernando Carvalho deu pra perceber que não é mais tão inusitada assim -  no Meu Pedacinho de Chão o vocabulário era "roseano".
Dá pra ler numa boa,a sonoridade vai pegando a gente,sem problemas.
A tristeza e as durezas da vida no Mutum,ah Miguilim,que vida!

Até aí eu gostei.

Já no Manuelzão a linguagem fica menos "musical" eu diria,tem as onomatopéias e os neologismos - fora as palavras antigas mesmo(bom do Kindle e que tem o dicionário,é só selecionar a palavra na tela) e....não teve o mesmo encantamento.


Acho que meu Grande Sertão ainda vai me esperar por um tempo,não fui totalmente conquistada,ainda.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Bartleby,o escriturário

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Nunca li Melville e esta primeira vez foi uma surpresa e tanto.Leitura super rápida,fluente e humana,imensamente humana,sobre compreensão,compaixão,aceitação.Daquelas que te deixam pensando quando termina.E um texto curtíssimo,uma jóia.Nem vou falar do enredo,esta é pra se jogar na leitura.

quarta-feira, 8 de março de 2017

O juiz e seu carrasco - Friedrich Dürrenmatt

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E então acontece um crime,o comissário encontra o cadáver de um seu subordinado e começa a investigação.Um outro policial é chamado para ajudar e os dois "encontram" um suspeito que é uma figura misteriosa,mas que não cometeu o crime - pelo menos,não esse.Qual a ligação com o morto?A troco do quê ele investigava quem ele investigava?Morreu devido à investigação?
Quem é culpado?Como?Por quê? Ah, a gente percebe que vai ter uma reviravolta....mas ela não é bem o que esperávamos.
Leitura velocíssima,uma sentada rápida e ...ótimo entretenimento.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Quantos autores ainda por conhecer?



Entre uma leitura e outra,verificando as sugestões dos autores imprescindíveis.
Escolhi este guia pequenininho,existem outros muito maiores,mas daí a sensação de "falta ler" seria maior,deixei os grandões pra depois(fora que são caros!) e tem também a minha birra com as literaturas contemporâneas que ,pra mim,ficam em segundo plano,não tem jeito - os clássicos e eternos me atraem muito mais.


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sexta-feira, 3 de março de 2017

Como é gostoso o meu francês!

Chegou,êbaaaaaa!
Tava sentindo falta!





Tá bom,estou mal acostumada,mas adoro,só e simplesmente tudo o que o Jean d'Aillon escreve.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Livro: Quarenta dias

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Bem,este livro foi realmente um desafio.Nunca tinha lido esta autora e de literatura contemporânea e nacional,nada.Vi três resenhas em canais que gosto(as Booktubers Isa da Lido Lendo,Gisele Esbespächer e Aline Aimée) e as três além de elogiarem demais a narrativa,se apaixonaram pela personagem principal.Fora que este livro ganhou um Prêmio Jabuti em 2015,e elas falaram tanto da autora,que é freira além de escritora,que dá palestras incríveis e que para este livro,fez um "laboratório"indo realmente para Porto Alegre e ficando nos lugares que descreve;fora uma analogia com a Alice do Lewis Carrol,então resolvi ler.

A história é mais ou menos a seguinte:Alice um professora se aposentando sofre uma chantagem emocional/existencial da filha  e "fecha" a vida que levava em João Pessoa e se muda para Porto Alegre para fazer o que a filha queria.Estranha o espaço "preparado" onde vai morar,a cidade e tem estranhamentos com os gaúchos por ser "brasileirinha"(negra e nordestina).A filha,simplesmente esquecendo o que fez a mãe fazer,muda-se com o marido e vão estudar na Europa,deixando Alice perdida neste mundo desconhecido onde foi parar.Recebe uma ligação de uma amiga de João Pessoa e a pedido dela sai em busca de um jovem,também paraibano que também veio para Porto Alegre e que há um ano não manda notícias para sua mãe,amiga da amiga.E os quarenta dias do título são exatamente o tempo em que Alice só e simplesmente larga apartamento e a "vida nova" para se enfiar na periferia e no mundo dos excluídos de Porto Alegre atrás do jovem, e de seu equilíbrio,perdido em meio às mudanças pelas quais teve que passar.E a narrativa que faz dos quarenta dias ,em um caderno "da Barbie" que acaba como um "personagem" com quem conversa na sua escrita e a transformação contada que viram o plot principal do livro.Sua interação com os "desvalidos",moradores de favelas,moradores de rua e suas andanças e perrengues são contados como forma de desabafo e o caderno,o  interlocutor.Um "amigo",além dos "excluídos" e da empregada doméstica,com quem se identifica por ser também "brasileirinha"(classificação que a autora repete diversas vezes em relação às pessoas que vai encontrando na sua peregrinação).E a cada "buraco" em que se enfia,faz paralelos com a Alice no País das Maravilhas.


A leitura fluiu bem,não é uma escrita difícil e o livro,apesar da "volta" que dá para encaixar o relato no caderno,não tem nada de difícil,nada de inovador e não,a personagem não me cativou;achei irreal a forma com que deixa se levar pelas chantagens da filha e mais ainda o "mergulho" no underground para se "identificar" com alguém,Forçado,apesar da "naturalidade" com que foi mostrado.
E vem a pergunta:Por quê este livro foi premiado?!?!?!?Mistério!Ou foi supervalorizado ou a concorrência realmente estava pior.Daí,tive que concordar com a crítica da Natália Mondo(outra booktuber)que ficou como eu curiosa para saber o por quê de tantos elogios para esta narrativa.

Não é meu tipo de livro e não me conquistou (tô falando,tá difícil encontrar gosto nestas "leituras diferentes" que estou tentando para ampliar os horizontes.Não me acrescentou nada).