quarta-feira, 4 de abril de 2018

Sobre o Armas,germes e aço

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(Aborígenes australianos - imagens da net)

     Estou gostando da leitura,mas é daquelas que tem que ser feita aos poucos,assimilando o conteúdo devagar porque é um tipo de texto diferente dos habituais sobre "evolução humana",não é histórico do ponto de vista linear,evolucionista,é, mais ou menos,uma biologia histórica,com antropologia e etnologia,não tem quase sociologia nem "ismos" - não se fala de maneira nenhuma em modo de produção.
Se eu entendi direito até agora (ainda falta um bocado para terminar)grosso modo, o autor propõe mostrar porque grupos humanos que existem desde os primórdios da evolução se diferenciaram,uns conseguindo se manter "desenvolvidos" e outros não.Diz que desde que os grupos humanos se transformaram em bandos de caçadores coletores,começou a aproximação ao desenvolvimento seja da criação de animais domésticos e de procura por plantas/alimentos até se desenvolver uma agricultura e que tanto os animais domesticados quanto as culturas que até hoje são as principais,já estavam definidas há milhares de anos,depois de muita exploração até se alcançar o que é a base da atividade humana até hoje.Tendo este conhecimento e convivência com estas espécies de  animais e plantas conseguiram desenvolver imunidade a certas doenças,descobrir o que podia ser alimento e o que era veneno e se diferenciar em grupos mais "sofisticados"(bandos-tribos-tribos centralizadas-estados) e que a interação entre os grupos tornou as trocas de técnicas/tecnologias/conhecimentos  possível e com elas os grupos passaram a ampliar seu repertório.Quanto mais trocas,mais alimentos,mais segurança,mais desenvolvimento,menos violência e indivíduos mais sociáveis.Menos contaminação ou mais imunidade a doenças.E daí,mais força para conquistar outros povos/territórios.
Ele usa suas pesquisa em Papua Nova Guiné para mostrar como grupos mais "primitivos"(eu que estou usando esta palavra) podem se diferenciar mesmo num território isolado ou quase - para cada parte da ilha houve uma diferenciação,não tem como colocar todos num só tipo de sociedade.Fala deles tanto quanto dos diferentes povos aborígenes da Austrália(que trata como um continente,não fala em Oceania) ,dos nativos norte-americanos e dos povos da América Central e do Sul,dos povos africanos para "confrontar" seus tipos de desenvolvimento com o do mundo da Eurásia,o que conseguiu se manter mais "poderoso",conquistando os outros povos.
Às vezes me confunde um pouco,nunca li nada específico sobre os povos que ele usa como "modelos" e ele faz perguntas tipo "Por que foram os espanhóis que conquistaram os astecas e não ao contrário?"( já que eles também eram um estado centralizado,poderoso), e tenta mostrar seu ponto de vista.

Não tem notas de rodapé,nem cita outros estudos específicos(talvez na bibliografia haja tudo isso,ainda não cheguei lá),é auto-centrado na suas pesquisas e talvez seja um pouco forçado ,tentando justificar suas explicações.Está sendo uma leitura fora da caixinha,não tem como tirar "conclusões",ficam muitas perguntas em suspenso.


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