domingo, 15 de março de 2015

Não,eu não fui pra rua





E não é por falta do que reclamar,mas já tem gente o bastante fazendo isso e por  tantas ,diversas e talvez impublicáveis razões(o dólar a ,325 deve estar agradando a alguém,certo?) que não sei se "mais um" acrescentaria algo ,verdadeiramente.E eu não gosto de "unanimidades",são burras(já dizia o velho Nelson) e precisam ser analisadas com cuidado.

As pessoas culpam os políticos e esquecem que eles são o retrato da sociedade(eles não foram parar no congresso/planalto/bandeirantes e etc sem ser eleitos) e não existiria corrupção e safadezas se não fizessem parte da cultura.OK,os "valores" desta vez alardeados são enormes,mas....quando não foi assim?O que fizeram para parar?Alguém aí lembra do "cofre do Adhemar"? -  só pra citar um exemplo da roubalheira pré contas nos paraísos fiscais.

Pero Vaz de Caminha,anunciando a "terra descoberta" para o rei D. Manuel foi pedindo "emprego" para o genro,sem mais nem aquela e isso foi só o começo,515 anos atrás.Some-se gerações e gerações de nepotismo,fisiologismo,toma-lá-dá-cá;"eu te ponho no governo mas quero a minha parte em cash" e não sei porque o "espanto".Poder é poder,corrompe e quando se baseia exatamente nestas "bases",difícil sair "limpo".Precisa-se mudar o governo?Sim,mas a sociedade também!

A terra do jeitinho,da falta de cultura e saneamento básico fica "disfarçada" pela aparência de riqueza,aparência,não essência,sem ter alcançado o estado de bem estar social que o primeiro mundo já tinha antes da Segunda Guerra e muito,muito distante de realmente estendê-lo para a maioria da população - o sistema de bolsas sociais está aí para mostrar que não altera nada e apesar dos "títulos universitários" e "participação na classe média" não mudou a estrutura de vida destas populações.O estado do Rio de Janeiro tem 25% da população favelada,institucionalizada na "margem" e isto parece um "dado normal".Isto,por aqui,sudeste.Nos bolsões de pobreza o que mudou?Nada.Os miseráveis conseguem um pouco mais de comida(isso se o político mais próximo deixar),mas não tem estrutura para se bancar,bancar sua vida,sem "auxílio".

Vim de uma família muito pobre,cresci numa época em que não se tinha tantas "coisas",estudei em escola pública até a universidade e fui professora da rede pública.Sempre brigando para o melhor e pelas coisas certas e .....desde a base,dentro de escola,vi exatamente o que reclamam dos políticos lá "longe"(gente se "arrumando",sem realmente trabalhar;"obras" e mais "obras" com o prestador de serviço perguntando para o diretor:"O que escrevo na nota seu H?" e por aí vai).

Agora tenho uma vida confortável,mas lutei e fui atrás do que queria.Sem "bolsa "isto ou aquilo e me pergunto:se eu(meus irmãos,primos e etc) conseguimos,porque uma grande parte da população não?É mais fácil jogar a culpa nos outros do que realmente levantar as mangas e ir atrás do que se quer,e se a mentalidade da época ainda empurra no "encostômetro" onde isso vai parar?Com que moral vigiar políticos e partidos se é como eles que se age?

Querer  governo "pai" ou "patrão"(ou "general" tem gente querendo até isto!!!!) e ser eterna "vítima do sistema" parece demais.
Cobrar ações e realizações,conhecendo do que se fala?Hum....complicado.Reclamar da inflação mas ter mil cartões de crédito e consumir como se não houvesse amanhã,idem.Preocupar-se com o cabelo e as roupas,o que "mostrar",mas não saber educar os filhos,competir para ver quem "tem mais",dirigir como um possesso para conseguir estar  uns metros adiante dos demais carros e ...chegar antes nos pontos de congestionamento,idem-ibdem.... e só reclamar do governo?!?Por favor,me poupem!

E já disse e repito,este país cansa!






E sim,é preciso ser "melhor " em tudo,ter e dar exemplo para que se mudem as mentalidades.Gritar e jogar pedra é fácil.Construir-se como pessoa e fazer parte de um grupo,assumir responsabilidades e ter ciência de que o "outro" também faz parte,hummmmm




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