"Folhas",minhas segundas - como as primeiras peguei lá no Abelhinha Criativa da Marta Medeiros do Rio de Janeiro.No original,ela as fez sós e foi acrescentando os motivos até virar mais um daqueles xales incríveis,e num azul belíssimo.Não peguei a receita do xale e nem seu nome ,escrevi o como fazer o motivo da folha e estava na papelada,esperando a vontade aparecer e veio agora.De "diferente",os SSK(deliza,desliza,tricota),para fazer os pontos juntos trançados e o mate duplo "central",pra diminuição ficar retinha.Pra quem não conseguia sequer entender,agora executo!!!Meu EGO, fica assim,enorme ,rssss.
Usei fio Inspiração e ag 4,5 - no original eram três fios juntos de linha e ficava bem mais delicado,mas se não fizer "grande",não consigo(perdoem as fotos e ignorem os erros,por favor).São 26 carreiras e bem mais simples que as "folhas"anteriores.Só estou "tirando o ponto",ainda não tem "finalidade".
E o projeto quem divulgou foi o Leonardo Ruivo do Achei o Ponto(artista das agulhas;nível AAA - tudo que ele faz é incrível),reproduzo o artigo do Portal IG:
Estilista dribla falta de mão de obra com tricô
feito por presos mineiros
Raquell Guimarães,
da Doisélles, exporta 70% da produção de detentos de Juiz de Fora (MG) para
países como Estados Unidos, Japão e França
Klinger Portella - iG São Paulo | 21/01/2013
05:32:39
O que cerca de 20
detentos fariam, reunidos, com tesouras e agulhas nas mãos? Se você pensou em
rebelião, errou. Na penitenciária mineira Ariosvaldo Campos Pires, em Juiz de
Fora, o grupo se reúne diariamente para fazer tricô e crochê. E a produção, que
chega a 5 mil peças por coleção, tem como destino principal o mercado externo.
O trabalho começou
em 2009, em uma parceria da empresa Doisélles, da estilista Raquell Guimarães,
com a Secretaria de Defesa Social do Estado de Minas Gerais, chamado Projeto
Flor de Lótus. Com a demanda crescente pelos produtos da marca no exterior, a
empresária precisou intensificar a produção, mas esbarrou no problema da falta
de mão de obra. “Só tinha encontrado senhoras sem um comprometimento comercial
com o ofício”, diz. A proposta de contar com o trabalho dos detentos foi a que
mais emocionou Raquell. “Eles tem tempo, disposição e um desejo enorme de se
envolverem com o projeto.”
Atualmente, a linha
de produção da Doisélles na penitenciária conta com 20 homens. Todos de agulha
e linha nas mãos. E já há um processo seletivo para 15 novas vagas, já que
alguns dos trabalhadores atuais ou estão de saída do presídio ou serão
transferidos.
O detento que é
aprovado para o projeto tem uma remuneração proporcional à sua produtividade.
“O trabalho do preso é regido pela Lei de Execução Penal. Ele recebe três
quartos de um salário mínimo e tem uma redução de pena de um dia para cada três
dias trabalhados”, diz Helil Bruzadelli, superintendente de Atendimento ao
Preso da Secretaria de Defesa Social.
Raquell:
"sustentabilidade de recursos humanos"
O salário dos
detentos varia de acordo com a produção e as horas trabalhadas. O pagamento é
feito via Estado ao término de cada mês, podendo ser sacado diretamente em um
caixa eletrônico do presídio. “25% do valor recebido vai para o pecúlio, que
eles recebem corrigido quando saírem, e o restante vai para a mão deles”,
completa Raquell.
A produção das
peças de tricô e crochê tem como principal destino o mercado externo, que
responde por 70% do total produzido. A marca tem showroom em países como Japão,
França e Estados Unidos. No mercado interno, as peças são distribuídas a
aproximadamente 70 representantes em todo país.
No ano passado, as
peças produzidas pelos detentos de Juiz de Fora serviram de decoração para as
festas de Réveillon do Hotel Copacabana Pallace, no Rio de Janeiro. Foram 1.600
suportes de velas, feitos de vidro e revestidos de crochê.
Raquell estima que,
ao menos, 100 presos já passaram pelos trabalhos artesanais na penitenciária
mineira. Um deles, CélioTavares, que cumpre pena em regime semiaberto, hoje,
divide as aulas em uma universidade com a coordenação do departamento
financeiro da Doisélles. “E ele foi preso por roubo”, conta a empresária.
“Hoje, fala-se muito em
sustentabilidade para recursos naturais. O nosso, é uma sustentabilidade de
recursos humanos. São pessoas que não teriam oportunidade em lugar nenhum, mas
agora tem uma reciclagem completa de vida”, completa Raquell. “Provamos que
dando armas a eles, como agulhas e tesouras, eles podem fazer tricô.”
As folhas ficaram lindas!
ResponderExcluirBjs
Mónica
Bondade sua Mônica,elas ficaram...folhas!E pra mim já é um PROGRESSO,rssss,bjs
ExcluirEu não conhecia fui procurar e achei as peças lindas. Coisas de estilista. No meio das imagens tuas folhas, que não ficaram devendo nada ao designer da estilista. Bjs
ResponderExcluirJoana