As crônicas da Júlia Lopes de Almeida foram muito gostosinhas de ler,apesar do seu elitismo,racismo e moralismo,questões da época(fins do século XIX) e de sempre,pior se o texto fosse de agora.A escrita é ágil e fluída,bem mundana,fala de concertos livros,modo de vestir,etc.Ela fala muito do aspectos culturais ,mas quando quer abordar algum problema social,socorro!Fala das pessoas pretas,esfarrapadas e descalças como se fosse do gosto delas andar assim.Sua abordagem da pobreza da população fica nestas questões de aparência e até da conformação dos bairros.Pleiteia muitas melhorias urbanas.....no seu bairro e nas ruas adjacentes(no texto do posfácio do João do Rio ele localiza a casa em que foi fazer uma visita,endereço que aparece em muitas das crônicascom apelos de melhorias).Repito,dá pra ler sem "problemas",mas a exaltação sobre seu abolicionismo,questões femininas,políticas e sociais são limitadas.
Daí,peguei um romance dela que já tinha lido,do qual não lembrava nada,pra confirmar as minhas impressões e,neste texto,a situação penível dos escravos com senhores "antiquados" e contraposta ao sistema de colonos estrangeiros dos senhores mais "avançados".Negros livres não aparecem.Os negros enquanto pessoas,bem,estereotipados como "escravos leais".Estou quase terminando,a escrita é fluída,mas tem estes tropeços pelo caminho.
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