quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Se eu fosse pu...a,Amara Moira



E o primeiro e-book  escolhido foi este,polêmico,com assunto que ainda é tabu,a prostituição (apesar de ser a profissão mais velha do mundo) e,principalmente, porque a autora tem outro background,tem formação, doutorado e,ainda assim,resolveu "fazer a vida".
Li os primeiros capítulos e,como em qualquer outra profissão, o começo não foi fácil,teve que pegar os macetes e alguns dias bons,outros não,baixa remuneração - problemas de qualquer categoria profissional.
Quero ver o resto,desmistificar o assunto. 

 

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Duas jóias:O bem amado e O burrinho pedrês

Já conhecia o Bem Amado da televisão,tanto a novela quanto a série(sim,priscas eras,assisti quando era moleca) e pensei que talvez a peça fosse me decepcionar,ledo engano,super divertida,e leve apesar de toda a crítica que contém.

 E hoje foi a vez desta pérola,meu segundo Guimarães (antes dele li o Manuelzão e Miguilim),dei uma tropeçada no início (a nomenclatura dos bois!!!!!!) mas o texto me pegou e fluiu bem.Delícia de leitura.



Agora que desencalhei estes volumes de coleção, vou procurar os nacionais(século  XX/XXI) que tenho no kindle pra fazer a fila continuar andando.

terça-feira, 28 de setembro de 2021

EDITADO:POST RETIRADO


31 DIAS DUROU MINHA PROMESSA DE NÃO COMPRAR LIVROS.FUI VER MINHA LISTA DE DESEJOS E TINHA VÁRIAS PROMOÇÕES. NÃO RESISTI.EU NÃO TENHO JEITO!
RECOMEÇA A  CONTAGEM A PARTIR DE AMANHÃ. 

 

Enfim,li Nelson Rodrigues.






Tudo que conheço do Nelson Rodrigues  veio via TV ou cinema,nunca tinha lido e foi uma ótima descoberta.
O beijo  no asfalto é surpreendente,e tem um final....só leiam,já é consagrada ,não precisa de comentários. 
O Toda nudez será castigada eu conhecia através do filme,acho que dos anos 70,mas o texto do teatro é melhor - só as indicações da dinâmica de luzes e destaque no palco já é uma maravilha.E o enredo,bem,se não conhece só digo,leia!

Já estou terminando minha coleçãozinha da Saraiva de bolso, falta um Dias Gomes e um Guimarães Rosa. 

 

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Mais Rubem Fonseca:O caso Morel e O Cobrador





Estou lendo toda minha coleçãozinha Saraiva de bolso,primeiro os Rubem Fonseca. Já foram os três  que tenho,A grande arte,e por último estes dois de que falo hoje.
N'o  caso Morel um protagonista amoral,duma classe média bem vazia,muito sexo(livro escrito na era pré-AIDS) e um crime.Foi me pegando aos poucos e o fim,a cara do Brasil de sempre.
N'o  Cobrador a minha dificuldade de sempre com contos,o que dá título ao livro e outro com o eterno Paulo "Mandrake" Mendes muito bons,os outros...bem,tem um com um pedófilo que não contente em transar com todas as mulheres que passam em sua frente descreve sexo com uma menina de doze anos....não adianta a escrita ser boa(mesma coisa quando li o Lolita),no mínimo é desconfortável, fora gatilho,etc.
Os protagonistas do Rubem Fonseca são viciados em sexo,pelo menos nestes que li - na época em que foram lançados talvez fosse um atrativo,agora,parece só machismo mesmo,com o "queridão" bendito entre as mulheres.

Os próximos da fila são dois Nelson Rodrigues (mais teatro),veremos.



 

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Mesma semana,outros livros:Sangrem os porcos,depenem os frangos;Sem vista para o mar;O peso do pássaro morto;A grande arte.

 Sim,eu devoro livros - é meu jeito de ler e sei que,para livros de contos,não deveria ser assim,mas...faire quoi?

 Dois "brasileiros contemporâneos"(sigla para livros de autores ainda vivos) muito aclamados pelo booktube,publicados recentemente,premiados, e...nenhum dos dois me pegou.





Num geral bem amplo,ambos mostram a violência do cotidiano de mulheres,pobres e LGBTQI+.Em alguns contos até dá uma emoção,mas no geral,fica só um peso,uma angústia.

Exceção para o conto que dá nome ao livro da Carol Rodrigues,triste e muito bonito.Aliás,em matéria de escrita ela passa o Ivandro Menezes que faz mais sociologia que literatura.



Daí,veio uma jóia,este sim,correspondendo ao tanto de elogios:



Este é romance,tem mais história e literariamente,bem melhor que os outros dois.Triste,comovente mas bonito do seu jeito.Este vale as recomendações.

E ontem,peguei um que está nas estantes há tempos e sim,que livro,senhoras e senhores,que livro!







Trata-se d'A grande arte do Rubem Fonseca,peguei porque queria um livro maior e,já que estou lendo brasileiros "consagrados" queria ver se este era melhor do que os que já li do autor(Buffo &Spallanzani e Vastas emoções e pensamentos imperfeitos,lidos há eras,na época em que foram lançados),que quando lidos não corresponderam ao tanto de elogios que receberam.

Mas est'A grande arte é um livraço.Foram duzentas páginas(edição de bolso) de uma sentada.Ágil,uma escrita cativante,um enredo muito bom.Hoje termino,não sei como será o final ,mas a primeira parte,nossa,muito boa,por isso jé estou elogiando.






segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Memórias de um sargento de milícias, Manuel Antonio de Almeida



Aproveitando que o Era no tempo do rei "homenageia" o Memórias de um sargento de milícias, peguei enfim este clássico pra ler.Esta edição é toda "moderninha",explicando os termos antigos em gíria atual(às vezes simplificando demais),com ilustrações e destaques coloridos no texto.
É um texto leve,com críticas sociais meio assim,como se não fosse.Gostozinho de ler,sem mais.

 

sábado, 18 de setembro de 2021

Um Ruy Castro fraquinho

 




Fiquei tão bodeada com o livro da Ana Paula Maia que resolvi pegar este livro que estava rodando por aqui há tempos e,bem,sabia que não era o melhor do Ruy Castro e foi uma leitura só pra limpar os canais,limpar o dial e desafogar.Conhece bonitinho mas ordinário?Foi o próprio - distração e nada mais.


quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Sobre o Continente Selvagem



Terminei enfim o Continente Selvagem,leitura necessária,boa,mas lenta,muita coisa pra digerir ,foram fatos muito duros e os exemplos citados só vieram ampliar a visão que tinha do período.O pós-guerra na Grécia foi o mais surpreendente,não sabia nada sobre e o livro trouxe um exemplo concreto da ambigüidade dos Estados Unidos e da Inglaterra como "aliados" ,contra o União Soviética (esta mostrada sem filtros,se apoderando do leste europeu).
Muita violência, muitas mortes e perseguições,além do que a guerra tinha causado.
Tudo muito triste,um passado ainda vivo.
Senti falta de algo sobre  Suíça, Portugal e Espanha - participantes "indiretos" na guerra.



Agora é respirar um pouco e depois,pegar o livro novo da Ana Paula Maia, esperadíssimo(mas não causou,até agora não vi nada sobre ele na rede veremos).


 

sábado, 4 de setembro de 2021

Continente Selvagem,Keith Lowe

 



Terminei o As Benevolentes com sentimentos dúbios:o livro é bom,os nazistas são mostrados em toda uma complexidade que,não os justifica de jeito nenhum,mas esclarece as mentalidades,os preconceitos,os jogos de poder,a carnificina.Na verdade ,além da loucura que foi a guerra,o mergulho na psiquê do personagem narrador(Max Aue) é por vezes extenso e escatológico, dá a medida de seu enlouquecimento ou  da sua loucura que só aumentou conforme suas atividades insanas de SS o atingiam  ,além dos seus fatores pessoais.
Interessantíssima a questão do "bastião" anti-soviético pós-guerra,citado por um dos alemães na iminência da derrota.Que foi exatamente o que aconteceu:apesar de tudo,a Alemanha continuou e esteve nessa posição até o fim da Guerra Fria,foi muito beneficiada com os projetos de reconstrução e se tornou um dos países mais desenvolvidos(tudo pra evitar o que ocorreu pós 1ª Grande Guerra).

Então agora é mergulhar no que aconteceu depois da guerra, as sequelas no mundo todo,se bem que o foco do livro é a Europa.
Em matéria de economia e política já li o Pós-Guerra do Tony Judt,que mostra como os americanos compraram o mundo com o dinheiro ganho com a guerra e depois dela,"ajudando" na reconstrução.Neste, Continente Selvagem,sei que terão partes bem pesadas porque,mesmo com os nazistas derrotados,o anti-semitismo e os preconceitos étnicos continuaram e houve massacres insanos(não bastasse os milhões mortos na guerra),fora o deslocamento forçado  de populações e as anexações de território que "criaram" países com populações "incompatíveis"  (vide o que aconteceu com os países que se desmembraram da Iugoslávia depois do fim da União Soviética;fora a Ucrânia que está em pé de guerra até hoje:Tchechênia,etc).

Bem,mais um livro forte.Tudo pra desviar o pensamento da Pandemia,do Coisonaro,da nossa economia que foi pelo ralo e afins.